LIÇÃO 04 - DEUS É TRIÚNO
Texto Áureo: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28.19)
Leitura Bíblica em Classe: Mateus 3.15-17; 28.19,20
Introdução: Um dos dogmas centrais do cristianismo é a afirmação que Deus é Tríuno, que envolve a complexa e misteriosa natureza de Deus, revelada nas Escrituras. Os dogmas são princípios fundamentais que são considerados verdades absolutas que não podem ser questionadas ou alteradas, servindo com pilar para a nossa crença e prática religiosa. Quando se fala a palavra Deus, significa que é uma referência a Trindade Divina e não um só personagem, mas a três pessoas, o Pai; o Filho e o Espírito Santo. Podemos utilizar um meio muito prático para essa compreensão: Exemplo: A água pode estar em três estados diferentes; o estado líquido; estado sólido e estado gasoso. Como a vemos a água nos seus estados não deixou de ser água. No caso de Deus, cada personagem da Trindade tem o seu ministério, dentro de uma só essência, ou seja, embora sejam três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que compõem uma mesma essência e continua sendo Deus. A Trindade revela a natureza amorosa de Deus, iniciando aqui pelo Pai, vemos o seu amor de tal maneira que enviou o Seu Filho para nos salvar, enviou o Espírito Santo para nos santificar e nos guiar. A Trindade está bem presente e envolvida na nossa salvação como podemos detalhar assim: O Pai planejou a nossa salvação, o Filho a realizou e o Espírito Santo opera para nos mantermos salvos. A Trindade é uma unidade indivisível. As ações de cada pessoa não são isoladas, mas interligadas e coeternas. A criação, por exemplo, é uma obra conjunta das três pessoas divinas.
1. O BATISMO DE JESUS E O CUMPRIMENTO DA JUSTIÇA DA LEI.
Mateus 3.15 - Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.
Quando João diz: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?”vem nos revelar uma profunda compreensão por parte de João sobre a santidade e a missão de Jesus. Apesar de ser um profeta e pregador do arrependimento, João reconhecia a superioridade espiritual de Jesus. João Batista era plenamente consciente de sua missão como precursor do Messias. Ele sabia que Jesus era o Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo. João reconhecia a perfeita santidade de Jesus e entendia que ele não precisava se arrepender de seus pecados. Ao se opor ao batismo, João estava de certa forma, prestando uma homenagem a Jesus, reconhecendo-o como superior a si mesmo. "Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça" revela uma profunda humildade e obediência à vontade do Pai. Jesus, embora sendo Deus, se colocou no mesmo nível que os pecadores, buscando o batismo de João. A oposição de João Batista ao batismo de Jesus revela a profunda reverência que ele tinha por Jesus e a compreensão da missão divina de Cristo. A resposta de Jesus demonstra sua humildade, obediência e amor pela humanidade. Jesus, como Cordeiro designado por Deus, foi cuidadosamente esquadrinhado e mesmo assim considerado inocente e puro, é um dos pilares da fé cristã. Ela reflete a crença na perfeição divina de Jesus e em sua missão como Salvador da humanidade. A imagem do Cordeiro, presente em diversas passagens bíblicas, simboliza a pureza e o sacrifício de Jesus. Ele é apresentado como aquele que se oferece livremente para tirar o pecado do mundo. A vida de Jesus foi minuciosamente examinada, tanto por seus seguidores quanto por seus inimigos. Seus milagres, seus ensinamentos e sua conduta foram submetidos a um intenso escrutínio. Mesmo diante de todas as acusações e tentações, Jesus sempre se mostrou inocente e puro. Ele nunca comprometeu seus princípios e sempre agiu de acordo com a vontade de Deus. Aqueles que conviveram mais intimamente com Jesus, como os apóstolos, testemunharam sua santidade e perfeição. Eles viram em Jesus o Filho de Deus e o Salvador do mundo. A inocência de Jesus é fundamental para a nossa salvação. Se ele tivesse pecado, não poderia ter sido o sacrifício perfeito para expiar os nossos pecados. Jesus é o exemplo perfeito a ser seguido. Sua vida nos mostra como devemos viver e como podemos alcançar a santidade. A certeza da inocência de Jesus nos traz esperança e conforto, pois sabemos que temos um Salvador que compreende nossas lutas e está sempre ao nosso lado.
2. A TRINDADE DIVINA FOI EXPLICITADA NESSE EVENTO GLORIOSO.
Mateus 3.16 - E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. Mateus 3.17 - E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Ao se submeter ao batismo, Jesus se identificou plenamente com a condição humana, compartilhando do destino daqueles que ele veio salvar. Ele quis experimentar a mesma condição humana, incluindo a necessidade de arrependimento e purificação, embora Ele próprio não tivesse pecado. Jesus, ao se batizar, estava cumprindo toda a justiça da lei. Ele estava se colocando sob a lei para poder resgatá-la e cumpri-la em sua plenitude. O batismo de Jesus marca o início de seu ministério público. É o momento em que o Espírito Santo desce sobre ele, ungindo-o para realizar a obra de Deus. A voz do Pai que se ouviu do céu confirmou a identidade divina de Jesus e o início de seu ministério. Jesus, ao se batizar, nos deu o exemplo de humildade, obediência e serviço. O batismo de Jesus é o modelo para o batismo cristão. Ao sermos batizados, somos unidos a Cristo e participamos de sua morte e ressurreição. O batismo marca o início da nossa jornada como cristãos, um novo nascimento espiritual. O batismo é um sinal externo da nossa fé em Jesus Cristo e da nossa pertença à comunidade cristã. Ele revela a natureza de Deus, a missão de Jesus e o caminho para a salvação. Ao se batizar, Jesus nos mostrou o caminho a seguir e nos convidou a participar de sua obra redentora. O batismo de Jesus no rio Jordão é um dos momentos mais significativos da história da salvação e revela de forma clara a interação das três pessoas da Trindade Divina. O Deus Pai: A voz do Pai, ecoando dos céus, declara: "Este é o meu Filho amado, em quem tenho todo o meu prazer." (Mateus 3:17). Essa declaração divina confirma a identidade de Jesus como o Filho de Deus e revela o profundo amor do Pai por Ele. O Deus Filho: Jesus, o Filho de Deus, se submete ao batismo, demonstrando sua humildade e obediência à vontade do Pai. Ele assume a natureza humana e se solidariza com a humanidade pecadora. Deus Espírito Santo: Desce sobre Jesus em forma de pomba, simbolizando a unção do Espírito Santo. A partir desse momento, Jesus é ungido e capacitado para iniciar seu ministério público. Vemos nessa passagem a unidade da Trindade como os três personagens atuando em perfeita harmonia. O Pai revela a sua aprovação, o Filho se submete a vontade do Pai e o Espírito Santo descendo sobre Ele. Cada pessoa da Trindade tem um papel distinto, mas todas atuam em conjunto para a realização do plano de salvação. O batismo de Jesus revela a natureza trinitária de Deus de forma clara e concisa. O batismo de Jesus marca o início do Seu ministério público. Foi confirmada a sua identidade pelo Deus Pai como Seu Filho o Messias prometido. O batismo de Jesus nos convida a uma vida de seguimento a Cristo, marcada pela humildade, obediência e pela confiança na ação do Espírito Santo.
3. NA GRANDE COMISSÃO JESUS REVELA A NATUREZA TRINITÁRIA DE DEUS.
Mateus 28.19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Mateus 28.20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
A afirmação de que Jesus é rei por ter tomado o caminho da obediência até a morte remete à sua natureza dual: divina e humana. Como Deus, ele tinha todo o poder, mas escolheu se humilhar, obedecendo ao Pai até a morte de cruz. Essa obediência radical é a marca do verdadeiro rei, aquele que serve e não é servido. A imagem de Jesus como rei é redefinida no Novo Testamento. Ele não é um rei terreno, mas um rei celestial, cujo reino não é deste mundo. Seu reinado se manifesta no amor, no serviço e na entrega aos outros. A Grande Comissão, dada por Jesus aos seus discípulos, tem um alcance universal. A missão da Igreja é levar as boas novas de salvação a todas as nações. A Igreja é composta por diversos ministérios, desde o evangelismo (arauto) até o cuidado pastoral. Cada membro, por menor que seja seu papel, contribui para a missão da Igreja. A afirmação de que o Senhor sempre está perto, mesmo em tempos de tempestade, é uma promessa de conforto e esperança para os cristãos. Ela nos lembra que, em meio às dificuldades da vida, Deus está conosco. O reino de Deus não é deste mundo. Ele se manifesta em nossos corações e em nossas relações com os outros. A obediência a Deus é o caminho para a verdadeira liberdade e felicidade. A Igreja tem a responsabilidade de levar as boas novas de Jesus Cristo a todas as pessoas. A presença constante de Deus nos leva a confiar nEle, em todas as circunstâncias da vida. A promessa de que Deus sempre está perto não significa que os cristãos estarão livres do sofrimento. É preciso conciliar essa promessa com a realidade da dor humana. Nessas afirmações temos uma visão rica e complexa da fé cristã, conectando a pessoa de Jesus, a missão da Igreja e a experiência individual do cristão. Isso nos leva a uma profunda reflexão sobre a natureza do reino de Deus, o significado da obediência e a importância da comunidade cristã. A Grande Comissão é um dos mandatos mais importantes deixados por Jesus Cristo aos seus discípulos antes de ascender aos céus. É um chamado urgente e inspirador para a Igreja, presente em todos os tempos e culturas. A Grande Comissão é um chamado inspirador e desafiador para todos os cristãos. Ao obedecer a esse mandamento, estamos participando da obra de Deus na transformação do mundo. Que possamos como discípulos de Cristo, ser fiéis à Grande Comissão e levar as boas novas de Jesus a todos os cantos da terra.
Pastor Adilson Guilhermel