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LIÇÃO 06 - A PROMESSA DE CURA DIVINA

LIÇÃO 06 - A PROMESSA DE CURA DIVINA

Texto Áureo: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.” (Is 53-4)

Leitura Bíblica em Classe: Isaías 53.1-5; Mateus 8.14-17; Tiago 5.14,15

Introdução: O óleo é o símbolo do Espírito Santo. O corpo é o templo do Espírito Santo e deve ser elevado a um nível de inteireza espiritual, o qual é dependente. O Espírito nos inspira a oração com a fé focada no que está pedindo, não há dúvida de que o resultado segundo a vontade do Senhor será a cura. A cura divina opera como resposta do Senhor para o exercício da nossa fé, pois sem fé, é impossível agradar a Deus.

1. O CONTRASTE ENTRE A EXPECTATIVA E A REALIDADE.

Isaías 53.1 – Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?

Uma pergunta dirigida ao povo de Israel que esperavam a vinda do Messias e a reação das pessoas à sua vinda. A pregação não foi recebida, pois haveria rejeição da mensagem que ele havia anunciado. O poder de Deus manifestado simbolizado pelo braço do Senhor, não seria reconhecido pelos judeus naquela figura humilde e sofredora. Eles esperavam um Messias poderoso, que os libertaria da opressão e tomaria o governo das terras de Israel e estabeleceria o seu reino. A realidade era outra totalmente diferente de tudo o que eles imaginavam, pois veio como servo sofredor e rejeitado.

2. ELE VEIO COM UMA APARÊNCIA CONTRÁRIA AS EXPECTATIVAS.

2 – Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que 0 desejássemos. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

A descrição do Messias que eles aguardavam fugia as expectativas deles, pois não correspondia às expectativas humanas de um líder ou salvador. Em vez de um rei poderoso, ele é comparado a um pequeno broto, um renovo, algo frágil e delicado. Não era formoso em aparência exterior, embora muitos retratassem como alguém de porte físico belo o que não condiz com o que o texto nos informa. Tanto que quando foram prendê-lo no Getsemâni, Judas deu a informação que seria aquele que ele beijasse no rosto. Se fosse alguém destacado como nos quadros, era só informar a sobre a aparência dele. A terra seja enfatiza a condição de sofrimento e humilhação do Servo sofredor. O sofrimento dele não é resultado de pecado, pois Ele veio sem pecado, mas sim dos pecados de toda a humanidade. Ele foi rejeitado porque a sua missão não era o que os judeus esperavam, porque aguardavam um rei poderoso que os livraria dos opressores romanos. A rejeição do Servo de Deus mostra a natureza pecaminosa e a duras servis do coração humano. A salvação não é algo que merecemos, pois ela veio pela graça divina que é um dom gratuito de Deus.

3. COMO SERVO SOFREDOR VEIO PARA CARREGAR NOSSAS DOENÇAS E PECADOS.

3. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 – Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.

Aqui é exposto o sofrimento vicário de Cristo, que não sofreu apenas fisicamente, mas sim pelo sofrimento maior que foi tomar para si as doenças de alma que sufocava a parte do espírito. Foi reputado por aflito, embora inocente sem pecado, levou sobre si também as maldições da humanidade. A profundidade do seu sofrimento foi como se sentiu abandonado por Deus por causa dos pecados da humanidade. Ser moído enfatiza a intensidade do seu sofrimento, sendo castigado em nosso lugar para que alcançássemos a paz e a reconciliação com Deus. Pelas suas pisaduras, fomos sarados, indica que as suas feridas proporcionaram a nossa cura. O amor de Deus se manifestou explicitamente no sofrimento do seu Filho amado. A Cruz é o ponto central, pois ela se tornou o altar do holocausto onde o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo foi sacrificado para que pudéssemos alcançar a salvação.

4. A CURA FÍSICA ERA UMA EXCESSÃO, POIS A REGRA ERA A CURA DA ALMA.

Mateus 8.14 – E Jesus, entrando na casa de Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre. Mateus 8.15 – E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se e serviu-os. 16 – E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, 17 – para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.

Alguns pregadores usando de engano dizem que o crente pode ficar doente, mas não pode permanecer doente e no caso se permanecer doente está em pecado. Homens que se dizem de Deus, mas que deixam dúvidas quanto a isso, induzem os incautos a crerem nisso trazendo mais sofrimento para aqueles que sofrem. Jesus não veio para curas físicas, pois isso era uma exceção e não uma regra. A regra era a cura da alma contaminada pelo vírus do pecado que só poderia ser curado com um antídoto único, ou seja, o seu sangue derramado na cruz. Jesus realizava curas físicas, é lógico que sim, essas curas são caracterizadas pela sua compaixão e misericórdia. Se o homem não receber a cura da sua alma, de nada vale a sua cura física. As curas físicas era uma demonstração do poder de Deus, como também servia para atrair multidões que buscavam cura, mas que Jesus aproveitava para ensinar a palavra de Deus. A cura da sogra de Pedro foi um ato de compaixão e poder, pois ele ao avistá-la no leito com febre, se interessou pelo seu problema e não hesitou em exercer uma ação concreta de cura à vista de todos que estavam na casa. A compaixão é um dos muitos atributos do Senhor, a qual fica de exemplo para nós, pois somos chamados também para sermos compassivos com aqueles que sofrem.

5. É PRECISO QUE SE OLHE MAIS PROFUNDAMENTE EM RELAÇÃO A CURA DIVINA..

Tiago 5.14 – Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; Tiago 5.15 – E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

É preciso uma reflexão mais profunda em relação a esses versículos, pois muitos ainda se apegam mais na questão do ungir com óleo, levando mais para o lado da simpatia, o que é uma grande heresia. Aqui temos uma orientação em relação à cura divina, que no caso trata da parte física e não espiritual. O texto em si ensina sobre a unção com óleo, que era uma prática daquele período contemporâneo, o qual devemos entender que é apenas um ponto de fé e, não que tenha poder para curar como muitos pensam e fazem uso desse expediente. A pergunta se tem alguém entre eles doente vem demonstrar do autor como o bem-estar físico de seus membros. Nesse caso quem deveria ser chamado para a ministração com óleo seriam os presbíteros da igreja. Aqui se estende para todos os oficiais que exercem funções eclesiásticas, como pastores, ou evangelistas. Esses líderes espirituais é que deveriam ministrar para os enfermos, aqui no caso, para fazer a unção com óleo. A unção com óleo não era, como digo, o que curava, mas sim a oração da fé, que é quando o poder de Deus é manifestado para realizar a cura. A cura divina não é uma regra, mas uma exceção, pois a regra é a cura da alma, onde se aloja a doença mais terrível, que é o pecado. A fé é fundamental para que aconteça a cura divina, pois é nesse momento através da oração da fé, que o poder de Deus opera a cura. A cura divina não é um ato, mas um processo gradual que pode acontecer conforme a vontade divina. Quando acontece a cura no ato pode ser identificado como um milagre. Então entendemos que a unção com óleo é um ponto de fé poderoso, não é um requisito para a cura, mas sim um ato de fé, que expressa a nossa confiança em Deus. Lembrando que o inimigo da fé é a dúvida.

 

Pastor Adilson Guilhermel

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