LIÇÃO 07 - AS NATUREZAS HUMANA E DIVINA DE JESUS
Texto Áureo: Romanos 9.5 Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segund
o a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.Leitura Bíblica: Romanos 1.1-4; Filipenses 2.5-11
Introdução: Quanto a natureza divina de Jesus podemos afirmar com toda convicção que Jesus é Deus Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Ele é eterno, onipotente, onisciente e onipresente. Jesus é o Criador do universo e a fonte de toda a vida. Quanto a natureza humana de Jesus podemos afirmar que Jesus nasceu da Virgem Maria, viveu uma vida humana perfeita e morreu na cruz para expiar os pecados da humanidade. Ele ressuscitou dos mortos e ascendeu aos céus, onde intercede por nós diante de Deus Pai. Quanto a união das duas naturezas cremos que a as naturezas humana e divina de Jesus estão unidas em uma só pessoa, sem divisão ou confusão. Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Essa união é um mistério da fé cristã. Em relação a sua natureza humana, Jesus é descendente de Abraão, Isaque e Jacó, os patriarcas do povo de Israel. Ele nasceu como um ser humano viveu como um ser humano e morreu como um ser humano. Em relação a sua natureza divina, Jesus é Deus, o Criador do universo, que é digno de todo louvor e adoração. Ele é "bendito eternamente". É compreensível que os judeus da época de Jesus tenham se confundido com relação à sua natureza divina. Afinal, eles esperavam um Messias que os libertasse do domínio romano e restaurasse o reino de Israel, conforme as promessas do Antigo Testamento. No entanto, Jesus se apresentou como o Filho de Deus, o Messias que veio para salvar a humanidade do pecado e da morte, oferecendo a vida eterna. Essa mensagem era difícil de conciliar com as expectativas messiânicas tradicionais. Além disso, a divindade de Jesus era um conceito novo e desafiador para muitos judeus. Eles acreditavam em um Deus único e transcendente, e a idéia de que Deus pudesse se encarnar em um ser humano era difícil de aceitar. É importante lembrar que Jesus não negou sua identidade judaica. Ele nasceu judeu, cresceu em uma família judia, observou os costumes e tradições judaicas e ensinou nas sinagogas. No entanto, sua mensagem transcendia o judaísmo, pois ele se ofereceu como o Salvador não apenas para os judeus, mas para toda a humanidade. A fé cristã se baseia na crença de que Jesus é o Filho de Deus, que se fez homem para nos salvar. Essa é a verdade central do cristianismo, que nos convida a crer em Jesus como nosso Senhor e Salvador.
1. PAULO FOI QUALIFICADO COMO INTERMEDIÁRIO DAS MARAVILHOSAS REVELAÇÕES DE DEUS
Romanos 1.1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.
O ardente desejo do apóstolo é observado no início de sua maior epístola, Paulo se apresenta como um servo. Tal humildade o qualificava para ser o intermediário das maravilhosas revelações de Deus. Paulo se coloca como um servo, um escravo de Jesus Cristo. Essa designação demonstra sua humildade e total submissão à vontade de Deus. Ele reconhece que sua vida e seu ministério são посвящены a servir a Cristo e divulgar o evangelho. Paulo não se autodenomina apóstolo, mas reconhece que seu apostolado é um chamado divino. Ele foi escolhido por Deus para ser um enviado especial, um mensageiro do evangelho. Paulo foi separado, ou seja, consagrado por Deus para o evangelho. Sua vida foi dedicada a pregar e ensinar sobre a salvação em Jesus Cristo. A humildade de Paulo o qualifica para ser um instrumento nas mãos de Deus. Ao se colocar como servo, ele se torna um canal para as maravilhosas revelações divinas. Deus usa aqueles que se humilham diante dele para realizar seus propósitos. Paulo é um exemplo de humildade e dedicação para todos os cristãos. Sua vida nos ensina que o verdadeiro serviço a Deus é feito com humildade e submissão. Que possamos seguir o exemplo de Paulo e nos colocar como servos de Cristo, dispostos a cumprir a vontade de Deus em nossas vidas.
2. O ARDENTE DESEJO DO APÓSTOLO ERA ANUNCIAR AS DUAS NATUREZAS DE JESUS.
Romanos 1.2 O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras, Romanos 1.3 Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
Jesus Cristo, o Filho de Deus, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne. Essa afirmação é fundamental para entendermos a natureza de Jesus como verdadeiro homem, descendente da linhagem real de Davi, conforme as promessas messiânicas. Jesus, ao nascer como descendente de Davi, cumpre as profecias do Antigo Testamento que apontavam para um rei que restauraria o reino de Israel e traria salvação ao povo de Deus. Paulo nos lembra que o evangelho não é uma invenção humana, mas sim uma revelação divina que remonta aos tempos antigos. Deus, em sua infinita sabedoria, já havia anunciado a vinda de Jesus Cristo através dos profetas do Antigo Testamento. As Escrituras Sagradas, portanto, são testemunhas da promessa de Deus de enviar um Salvador para a humanidade. O evangelho, portanto, não é algo novo, mas sim o cumprimento daquilo que já havia sido anunciado. A devoção total de Paulo a Jesus Cristo nos leva a refletir sobre a grandeza do Mestre que inspira tal entrega. Paulo, um homem de grande intelecto e paixão, dedicou sua vida a servir a Jesus, reconhecendo-o como Senhor e Salvador. Essa devoção não era cega, mas sim fruto de um encontro transformador com o próprio Cristo. Paulo foi chamado para ser apóstolo, um enviado especial de Jesus Cristo. Mas esse chamado não se restringe apenas a ele. Cada um de nós é chamado por Jesus para segui-lo e viver de acordo com seus ensinamentos. Assim como Paulo foi separado para o evangelho, nós também somos chamados a ser santos, a viver uma vida de santidade, de acordo com a vontade de Deus. A santidade não é um ideal inatingível, mas sim um processo contínuo de transformação, no qual nos esforçamos para nos tornar cada vez mais semelhantes a Cristo. A santidade não é exclusividade de alguns "escolhidos". Ela é um chamado universal, dirigido a todos os que crêem em Jesus Cristo. Todos podem se tornar santos, basta abrir o coração para o amor de Deus e seguir os passos de Jesus. Paulo é um exemplo inspirador de como viver a santidade. Ele dedicou sua vida a pregar o evangelho, enfrentando perseguições e dificuldades, mas nunca desistiu de sua fé. Sua paixão por Cristo e seu amor pelos outros o motivaram a seguir em frente, mesmo diante dos obstáculos. Que o exemplo de Paulo nos inspire a buscar a santidade em nossa vida, a seguir o chamado de Jesus e a viver de acordo com seus ensinamentos. Que possamos como Paulo, dedicar nossa vida a servir a Cristo e a amar o próximo, testemunhando assim a grandeza do Mestre que nos chamou para a santidade.
3. O APÓSTOLO DECLARA A NATUREZA DIVINA E A NATUREZA HUMANA DE CRISTO.
Romanos 1.4 Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,
Essa passagem nos revela que a divindade de Jesus não é apenas uma afirmação de fé, mas sim uma verdade confirmada por meio de eventos históricos e sobrenaturais. Jesus é declarado Filho de Deus com poder. Essa expressão nos mostra que sua filiação divina não é apenas um título honorífico, mas sim uma realidade que se manifesta através de seu poder e autoridade. Jesus demonstrou seu poder de diversas formas durante seu ministério terreno, realizando milagres, curando enfermos, expulsando demônios e até mesmo ressuscitando mortos. A expressão "segundo o Espírito de santificação" nos indica que a divindade de Jesus está intimamente ligada ao Espírito Santo. O Espírito Santo é o agente da santificação, aquele que nos capacita a viver uma vida de acordo com a vontade de Deus. A presença do Espírito Santo na vida de Jesus é um testemunho de sua filiação divina e de sua missão de trazer salvação e santidade ao mundo. A ressurreição de Jesus dentre os mortos é o ponto culminante da confirmação de sua divindade. Ao ressuscitar, Jesus demonstra seu poder sobre a morte e o pecado, confirmando sua identidade como Filho de Deus e Salvador da humanidade. A ressurreição é a prova de que Jesus é verdadeiramente Deus, pois somente Deus tem o poder de vencer a morte.
4. A VERDADE FUNDAMENTAL DA FÉ CRISTÃ É QUE JESUS É TANTO DEUS COMO HOMEM
Filipenses 2.5 De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Filipenses 2.6 Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Filipenses 2.7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; Filipenses 2.8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Usando a imagem dos sete degraus da humilhação, podemos visualizar a profunda humilhação de Jesus Cristo. Ele, que possuía a forma de Deus, ou seja, a própria natureza divina, não se apegou a essa condição, mas assumiu a forma de servo. Essa atitude de Jesus é um exemplo de humildade e abnegação. Ele, sendo Deus, se fez servo, abdicando de seus privilégios divinos para se identificar conosco e nos mostrar o caminho da salvação. Jesus se esvaziou a si mesmo, ou seja, renunciou ao uso de seus atributos divinos em benefício próprio. Ele se tornou totalmente dependente do Pai, demonstrando que a verdadeira força e poder residem na fé e na obediência a Deus. Ao se fazer servo, Jesus nos ensina a importância da humildade e da dependência de Deus. Ele nos mostra que o caminho para a exaltação passa pela humilhação e pelo serviço. Jesus, como servo, obedeceu perfeitamente às leis que ele mesmo havia criado. Ele viveu uma vida de perfeita obediência a Deus, cumprindo a lei em nosso lugar. Sua obediência o levou à morte na cruz, a forma mais humilhante e dolorosa de execução. Jesus, o Justo, morreu pelos pecadores, carregando sobre si os nossos pecados. A morte de Jesus não foi o fim. Deus o ressuscitou dentre os mortos, demonstrando seu poder sobre a morte e o pecado. A ressurreição de Jesus é a prova de que ele é o Filho de Deus, o Messias prometido. Após sua ressurreição, Jesus ascendeu aos céus, onde foi exaltado e recebeu um nome que está acima de todo nome: Jesus, o Salvador. Esse nome expressa sua missão de salvar a humanidade do pecado e da morte. A descida de Jesus, sua encarnação e morte, são inseparáveis de sua ascensão e exaltação. A humilhação de Jesus é o caminho para a sua glória e para a nossa salvação. Ao se humilhar, Jesus nos mostrou o caminho da humildade e do serviço. Ao ressuscitar, ele nos deu a esperança da vida eterna. Ao ser exaltado, ele nos garantiu que um dia estaremos com ele na glória. Que a reflexão sobre a humilhação e exaltação de Jesus Cristo nos inspire a seguir o seu exemplo de humildade, obediência e serviço. Que possamos reconhecê-lo como nosso Senhor e Salvador, e vivermos para a glória de seu nome. A descida de Jesus, sua encarnação e morte, são inseparáveis de sua ascensão e exaltação. A humilhação de Jesus é o caminho para a sua glória e para a nossa salvação. Ao se humilhar, Jesus nos mostrou o caminho da humildade e do serviço. Ao ressuscitar, ele nos deu a esperança da vida eterna. Ao ser exaltado, ele nos garantiu que um dia estaremos com ele na glória. Que a reflexão sobre a humilhação e exaltação de Jesus Cristo nos inspire a seguir o seu exemplo de humildade, obediência e serviço. Que possamos reconhecê-lo como nosso Senhor e Salvador, e vivermos para a glória de seu nome.
5. JESUS FOI HONRADO PELO PAI E RECEBEU O NOME ACIMA DE TODO O NOME.
Filipenses 2.9 Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Filipenses 2.10 Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, Filipenses 2.11 E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Pelo fato de Cristo voluntariamente ter deixado de lado a sua glória para obedecer totalmente a vontade do Pai, Deus o exaltou soberanamente. Deus não deixou Cristo na sepultura, mas o ressuscitou dos mortos, o levou de volta ao céu, e o glorificou. Deus, em sua justiça e misericórdia, não deixou Jesus na sepultura, mas o ressuscitou dos mortos, demonstrando seu poder sobre a morte e o pecado. Não apenas isso, Deus Pai exaltou Jesus soberanamente, levando-o de volta ao céu e glorificando-o. Essa exaltação é o reconhecimento da perfeita obediência de Jesus e de seu amor incondicional. A exaltação de Cristo nos mostra que a obediência a Deus e o amor ao próximo são o caminho para a verdadeira glória. Jesus, ao se humilhar e se entregar por nós, recebeu do Pai a mais alta honra e glória. Sua exaltação é também uma esperança para nós. Se seguirmos o exemplo de Jesus, se buscarmos a obediência e o amor, também seremos exaltados por Deus. A razão para a singularidade da dignidade e honra de Jesus reside em sua natureza divina e em sua obra redentora. Ele, sendo Deus, não se apegou à sua igualdade com o Pai, mas se humilhou, tornando-se servo e obediente até a morte na cruz. Por sua obediência e sacrifício, Deus o exaltou soberanamente, concedendo-lhe um nome que está acima de todo nome. Essa exaltação é um reconhecimento da divindade de Jesus e de sua vitória sobre o pecado e a morte. Toda língua confessará a verdade básica do cristianismo: Jesus Cristo é o Senhor. Isto não significa que, no final, todos serão salvos. Toda língua, no céu, na terra, e debaixo da terra, reconhecerá a Jesus como Senhor, seja por causa da crença, ou por causa do mero reconhecimento deste fato indiscutível. Nenhuma língua ficará calada; nenhum joelho ficará sem se dobrar. Toda a criação reconhecerá Jesus Cristo como o Senhor. Essa passagem se refere àqueles que não se salvaram e que, no dia do juízo final, diante de Cristo como juiz, serão compelidos a confessar e se dobrar diante de sua autoridade. Essa visão enfatiza o poder e a justiça de Deus, que no final serão reconhecidos por todos, independentemente de sua fé ou escolha de vida. O livro de Apocalipse descreve cenas do juízo final, onde os mortos são ressuscitados e julgados. A idéia de que todos comparecerão perante Cristo para prestar contas de suas ações se encaixa nessa interpretação. A expressão "toda língua e todo joelho" enfatiza a universalidade do senhorio de Cristo. No final, todos reconhecerão a sua autoridade, mesmo aqueles que o negaram em vida. Essa interpretação sobre "toda língua confessará e todo joelho se dobrará" é válida e nos leva a refletir sobre a justiça e o poder de Deus. Que essa reflexão nos motive a buscar a salvação em Cristo e a viver de acordo com seus ensinamentos.
Comentários são exclusivamente elaborados pelo texto bíblico da lição. Não uso os comentários da lição respeitando os direitos autorais da CPAD.
Pastor Adilson Guilhermel
pastorguilhermel@gmail.com