LIÇÃO 08 - A DISCIPLINA NA IGREJA

LIÇÃO 08 - A DISCIPLINA NA IGREJA

Texto Áureo: E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido. (Hb 12.5)

Leitura Bíblica em Classe: Hebreus 12.5-13

Introdução: A disciplina na igreja é imprescindível, entendendo que o seu propósito não é punir, mas sim restaurar o pecador e salvaguardar os membros da congregação. A disciplina visa em primeiro lugar conduzir o pecador ao arrependimento, conscientizando-o do risco que corre em relação a sua salvação e da sua situação diante de Deus. Aquele que peca não pode ficar convivendo entre os demais sem a disciplina, pois uma pessoa nessa condição pode influenciar a outros a prática pecaminosa. Isso pode comprometer assim a santidade e o testemunho na igreja. A disciplina serve como exemplo para outros membros da igreja dissuadindo das consequências que traz o pecado na vida de alguém. O papel do líder é muito importante nessa questão para não agir precipitadamente sem apurar devidamente a situação daquele que está em tela. É necessário sempre uma apuração dos fatos de uma forma particular com quem pecou para levá-lo ao arrependimento e mudança de comportamento. Quando se apura que o pecado é doloso, se requer a presença de no mínimo duas testemunhas, porque o pecado doloso deve ser punido, com o conhecimento da igreja. Entende-se que o pecado doloso é aquele que foi consumado com a intenção de fazê-lo sabendo que é errado praticar. Nesse caso o líder deve fazer uma repreensão diante de todos, pois o pecado doloso é um pecado contra a igreja e contra Deus. No caso de reincidência e persistência no mesmo, o membro deve ser afastado da comunhão, visando proteger os membros da igreja até que haja o arrependimento genuíno. Toda essa prática disciplinadora deve ser aplicada com amor, misericórdia, mas com toda firmeza, pois Deus não tem o culpado por inocente. O objetivo da disciplina é a restauração do pecador, a comunhão com Deus e com a igreja. O que é ligado na terra é ligado no céu e, o que é desligado na terra é desligado no céu e o ministro de Deus tem essa autoridade. 

1. A DISCIPLINA VINDA DE DEUS COOPERA PARA O NOSSO BEM.

Hebreus 12.5 – E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; Hebreus 12.6 – porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.  

Enquanto estivermos nessa peregrinação nesse plano terreno, haverá eventualmente a necessidade de disciplina. Porque todas as coisas cooperam para o nosso bem, seja tribulações, adversidades e outras coisas mais, pois quando disciplinados pelo Senhor tornamo-nos mais corajosos e a nossa espiritualidade é elevada. O Senhor nos prova até aonde podemos suportar, mas ao final da prova a nossa fé se fortalece para novos desafios. Deus nos trata como filhinhos, pois por meio de Cristo fomos elevados a um nível superior que é ser tratado pelo Pai, como seus filhos. A correção não pode ser desprezada porque ela nos leva para algo grandioso, que é estar sendo treinado por Ele para enfrentarmos maiores desafios em nossa caminhada terrena. Quando estamos passando por situações amargas provindas da disciplina, não podemos nos rebelar ou menosprezar a correção divina. Passaremos por situações que parece que Deus nos abandonou, mas tudo isso faz parte do processo corretivo e devemos entender que a misericórdia divina nunca nos abandonará. Quaisquer sofrimentos que enfrentarmos nunca estarão fora do controle divino, porque as suas lições nos ensinam a enfrentar a dura escola da vida, que nos são necessárias. Devemos nos comportar como filhos obedientes, tolerando todas as dificuldades e delas tirarmos proveito para o nosso bem. Não podemos reputar com desprazer a disciplina, se é através dela que Deus testifica o seu amor para conosco.

2. A DISCIPLINA VINDA DE DEUS EVIDENCIA QUE SOMOS FILHOS

Hebreus 12.7 – Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija? Hebreus 12.8 – Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos. Hebreus 12.9 – Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Hebreus 12.10 – Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.  

Como filho adotivo nunca deixará de passar por testes de fidelidade e o propósito das tribulações é a nossa disciplina, para a nossa formação de filhos dignos da família divina. Na realidade tudo o que passamos, embora em algumas vezes sofrível é o cuidado do Pai Celeste demonstrando o seu amor por nós, pois Ele sabe o que é melhor para cada um de nós. É a através da disciplina que o processo de aperfeiçoamento é operado pelo Espírito Santo no sentido de transformarmos a imagem do Filho de Deus até atingirmos a sua estatura, a qual é a do varão perfeito. A maior evidência de que somos filhos do Pai celestial vem através do seu processo disciplinar. As tribulações que nos sobrevém têm por objetivo a disciplina, as quais não são enviadas por ira, mas sim pelo amor paternal do nosso Deus. Quando elas vêm temos que suportá-las, para elas virem operar o propósito cheio de misericórdia do Senhor. Em nossa caminhada vamos nos deparar com trechos da estrada que são difíceis, mas com determinação eles são superados, pois devemos ser mais do que vencedores em Cristo Jesus. Aquele que não se submete a disciplina é qualificado como bastardo, que significa um filho ilegítimo, porque o legítimo sempre esta pronto a suportar qualquer sofrimento que vier pela frente. Os verdadeiros filhos de Deus não são isentos de dificuldades, muito pelo contrário, pois são esses que trazem a marca de legítimos filhos. Um pai só pode disciplinar os seus filhos e não filhos de outros, o que significa que a correção de Deus é prova de que somos, verdadeiramente, seus filhos. Os pais corrigem os seus filhos para aprenderem a mostrar-lhes reverência e sermos obedientes as suas ordens. Assim também Deus, o nosso Pai, nos corrige para que o reverenciemos e que obedeçamos a sua vontade. Quando um cristão se afasta da sua fé, o Pai com o seu amoroso cuidado o disciplina para colocá-lo de volta em posição de submissão e obediência, caso essa não queira passar por esse processo, significa que a sua conversão é falsa.

3. A DISCIPLINA VINDA DE DEUS NÃO PODE DOER, MAS ELA CURA.

Hebreus 12.11 – E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Hebreus 12.12 – Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados, Hebreus 12.13 – e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.

Os resultados da disciplina são inegavelmente abençoadores, porém para que isso aconteça é preciso entender que ela não será agradável nem para o Pai que aplica, nem para o filho que recebe, mas o seu efeito será extremamente proveitoso. Nenhum pai tem prazer em disciplinar o seu filho, como também o nosso Pai celestial, mas a disciplina é essencial e sem dúvida os seus resultados trarão benefícios posteriores que mostrarão uma grande prova de amor que o Senhor tem para com os seus filhos. Ao sofrer os rigores da disciplina alguns não conseguem entender o processo, mas os benefícios são muitos, principalmente é que o disciplinado evitará continuar a pecar, e vai se esforçar para dali em diante começar a fazer sempre o que é certo diante de Deus. A disciplina e a tribulação que nos é aplicada fazem com que a escória do pecado se queime, no que resulta no desenvolvimento espiritual, produzido pela comunhão com o nosso Deus. O sofrimento que vem pela disciplina é necessário, mas é essencial para sermos santificados e transformados a imagem do Senhor Jesus. Deus, como um preparador exigente, forçará os nossos limites, no sentido de incentivar-nos a irmos além daquilo que pensamos atingir. Quando fala em mãos cansadas é uma referência aos que desejam parar de trabalhar, mas como cristãos não podemos retroceder e nos por de pé com todo esforço, sempre dispostos a resistir a tudo. O inimigo age para fazer-nos parar, mas Deus através da disciplina nos prepara para sempre nos levantar mesmo quando os joelhos e as pernas estão fracos e desconjuntados. Como disse Paulo: tudo posso naquele que me fortalece. Na vereda direita está aquele que suportou a correção e trabalhou para remover qualquer obstáculo que possa impedir a seu progresso na caminhada.

Pastor Adilson Guilhermel

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fale com o Pastor