LIÇÃO 12 - O BANQUETE DE ESTER - DENUNCIA E
LIVRAMENTO
TEXTO
ÁUREO: “Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; a
tudo quanto quer o inclina.” (Pv 21.1)
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Ester 7.1-10
Comentário: O rei como um
rio fluindo simboliza a vontade divina, onde o coração do rei é direcionado por
Deus para onde Ele deseja. Embora o nome de Deus não seja citado nessa história
real, a Sua mão é bem presente no controle do coração do rei, não apenas direcionando,
mas também moldando seus desejos e decisões. Tudo quanto quer o inclina para moldar
qualquer coração, nesse caso o rei Assuero para que ele tome decisões que estão
alinhadas com a sua vontade. Deus é soberano e, está no controle de todas as
coisas, incluindo os governantes. A bíblia nos ensina que devemos orar pelos
líderes, pedindo a Deus que os guie e os incline para fazer o que é justo e
correto. Mesmo em tempos de crise, podemos confiar que Deus está no trono e que
pode usar governantes mais poderosos para cumprir seus propósitos. É o que
vemos nessa história tão empolgante registrada nesse livro de Ester, uma mulher
corajosa e destemida para persuadir o rei refreando-o de uma matança decretada
contra o povo judeu.
1.
ESTER FAZ UMA SÚPLICA AO REI, TANTO POR SUA VIDA E DE TODO O SEU POVO.
Ester
7.1 – Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester, Ester 7.2 –
disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua
petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do
reino se fará. Ester 7.3 – Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei,
achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como
minha petição e o meu povo como meu requerimento. Ester 7.4 – Porque estamos
vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se
ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor
não recompensaria a perda do rei.
Hamá estava desolado, pela humilhação que passou com Mardoqueu,
porém algo aconteceu que o animou, o convite de Ester para um banquete à mesa
do rei. O rei já animado pela bebida expressou curiosidade quanto a pedido de
Ester e, na sua ansiosidade repetiu a promessa que cumpriria e atento com ela,
estava agora obrigado, pelo triplo laço de uma promessa feita, a cumprir o seu
desejo. Aproveitando a oportunidade Ester surpreende o rei com uma petição, não
por coisas materiais, ou, outra coisa, como esperava o rei. A sua petição
estava acima de tudo isso, pois envolvia a salvação de sua vida, bem como a de
seu povo, de um extermínio total. Diante de um perigo iminente, é hora de agir
com sabedoria, pois estava em risco tanto a sua vida, como a de todo o povo
judeu. Ao revelar ao rei toda a trama de Hamã, Ester demonstra uma coragem
extraordinária, arriscando a sua própria vida para salvar o seu povo. Diante de
uma situação desesperadora, é observa-se a providência divina operando em
oculto, preparando o caminho para a libertação dos judeus. A oração de Ester
foi providencial juntamente com a fé do seu povo são instrumentos poderosos nas
mãos de Deus. Em momentos de crise, a intercessão e oração, nos movimenta a
agir com coragem, defendendo o que é justo e correto. A oração pode mudar o
curso de uma história horrenda, pois ela nos leva a confiar em Deus e em Seu
plano ao nosso favor e a de outros que objetivamos.
2.
O TERROR DE HAMÃ VAI AO AUGE AO OUVIR AS TERRÍVEIS PALAVRAS DA RAINHA.
Ester
7.5 – Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde
está esse cujo coração o instigou a fazer assim? Ester 7.6 – E disse Ester: O
homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante
o rei e a rainha. Ester 7.7 – E o rei, no seu furor, se levantou do banquete do
vinho para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester
pela sua vida; porque viu que já o mal lhe era determinado pelo rei. Ester 7.8
– Tornando, pois, o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, Hamã
tinha caído prostrado sobre o leito em que estava Ester. Então, disse o rei:
Porventura, quereria ele também forçar a rainha perante mim nesta casa? Saindo
essa palavra da boca do rei, cobriram a Hamã o rosto.
O adversário inimigo dos
judeus é apontado diretamente, sem ter como se justificar e todo tremulo e
apavorado e, o que mais temia subitamente lhe sobreveio. A rápida queda de Hamã
demonstra a justiça divina e sem possibilidade de escapar das consequências de
seus atos. A forca que ele havia preparado para Mardoqueu, seria o meio de
execução do próprio Hamã, como diz a palavra de Deus...cavaram uma cova diante
de ti, mas foram eles mesmos que caíram nela. Vemos aqui a soberania divina
demonstrando como Ele tem o controle de qualquer evento usando quem quer, mesmo
os mais poderosos para cumprir seus propósitos.
Vemos também a mão divina protegendo os seus, aqui no caso a rainha
Ester, que havia colocado sua vida em risco, mas o Senhor a guardou para que
nenhum mal viesse contra ela. A justiça divina alcança a todos, cedo ou tarde.
É importante e essencial depositarmos toda nossa confiança dem Deus em qualquer
situação que foge dos nossos limites. A soberba e a maldade de Hamã o levaram a
ruína e a sua queda serve como lembrete de que ninguém está acima da justiça
divina, pois ela sempre prevalecerá.
3.
O NOSSO DEUS OPERA PARA QUE O ÍMPIO SEJA APANHADO NO SEU PRÓPRIO LAÇO.
Ester
7.9 – Então, disse Harbona, um dos eunucos que serviam diante do rei: Eis que
também a forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu,
que falara para bem do rei, está junto à casa de Hamã. Então, disse o rei:
Enforcai-o nela. Ester 7.10 – Enforcaram, pois, a Hamã na forca que ele tinha
preparado para Mardoqueu. Então, o furor do rei se aplacou.
Aquele que era temido por todos espalhando terror entre todos incluindo
os eunucos, agora é apontado por um deles como o carrasco que havia preparado
uma forca para executar a quem odiava, no caso, Mardoqueu. A sentença foi
ordenada pelo rei e, executada imediatamente. A justiça vem no tempo certo e na
hora certa e Hamã é morto por enforcamento, o que acalmou o rei com a justa
punição. A forca que Hamã preparou para Mardoqueu se torna o instrumento de sua
própria execução. Com a morte de Hamã o caminho fica livre para Ester
interceder junto a rei, para reverter o decreto de execução do povo judeu. O
pecado sempre traz consequências e quem o comete entra no radar divino, pois o
Senhor não tem o culpado por inocente. Devemos sempre manter a nossa confiança
em Deus sabendo que Ele não dormita e nem dormitará. O orgulho, a inveja e a
maldade sempre levam a ruína. Que possamos ver em nossos dias, em escala
nacional, uma réplica dessa extraordinária reversão.
Pastor
Adilson Guilhermel